A empresa não pode deixar de apoiar aqueles que se doam tanto para o trabalho em momentos difíceis como o luto. Entenda aqui a importância do Dia de Finados para o RH.
O Dia de Finados marca a data de 2 de novembro mundialmente como um dia dedicado àqueles que já se foram. No ambiente corporativo, a data é um lembrete para o RH adotar uma postura de acolhimento com relação ao luto de seus colaboradores e seus familiares. Em momentos delicados, a organização não pode deixar de estar presente e apoiar aqueles que se doam tanto para o trabalho todos os dias. Entenda aqui a importância do Dia de Finados para o RH.
Instituído no ano de 998 pela Igreja Católica, o Dia de Finados surgiu na França. Odilo de Cluny sugeriu aos membros de sua abadia que, todo ano, no dia 02 de novembro, dedicariam suas orações à alma daqueles que já se foram.
A ação de Odilo resgatava um dos elementos principais da visão de mundo católica: a perspectiva de que boa parte das almas dos mortos está no Purgatório, passando por um processo de purificação para que possam ascender ao Paraíso.
No Brasil, o Dia de Finados é um feriado nacional estabelecido pela Lei nº 10.607 desde 2002, que garante aos trabalhadores CLT o direito a descanso remunerado, além do direito de receber hora extra em dobro para aqueles que vão trabalhar no feriado. A folga é obrigatória, com exceções para serviços essenciais como hospitais, transporte público, entre outros.
Além do descanso garantido por lei, o RH deve tratar o Dia de Finados com delicadeza, uma vez que alguns colaboradores podem estar sofrendo com a perda recente de entes queridos, ou com as memórias que este dia pode trazer.
Por isso, acolher funcionários em luto é ainda mais importante perto da data de 2 de novembro, apoiando também seus familiares. Estes processos humanizam as relações de trabalho entre os colaboradores, e ajudam a estabelecer uma relação que vai além da marca da empresa com os trabalhadores.
Religiões diversas
Um fator importante para o RH agir no Dia de Finados é levar em consideração os rituais de todas as religiões. Apesar da origem católica, esta data é celebrada por diversas religiões, e a empresa deve acolher todos os colaboradores de forma igualitária.
As religiões afro-brasileiras tratam da ancestralidade nesta data, reverenciando seus mortos com rituais de louvação, enquanto os budistas oram pelos seus antepassados ofertando incensos, frutas e flores.
No México, o Dia de Los Muertos, tem como característica a presença de música, dança e alimentos em fartura. Dados históricos apontam que o costume mexicano surgiu há mais ou menos 3 mil anos, e naquele tempo as caveiras dos mortos eram guardadas como forma de homenageá-los e celebrar o início das novas vidas daqueles que partiram.
O papel do RH aqui é levar em consideração a origem e crença de todos os colaboradores da empresa para tornar o Dia de Finados menos doloroso e difícil.
Política de condolências
Estabelecer uma política de condolências é importante para a empresa ao longo de todo o ano. Caso o RH ainda não coloque em prática uma política de condolências, o Dia de Finados pode ser um bom momento para trabalhar nisso.
Acolher colaboradores que sofreram a perda de um ente querido é fundamental. A política de condolências deve envolver apoio psicológico, ajuda prática no velório, envio de coroas de flores e arranjos de condolências, além da Licença Nojo, que garante aos colaboradores não trabalhar em caso de falecimento de familiares.
Veja também: Novembro Azul na empresa: 6 ideias de ações para conscientizar.